quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meia hora, hora e meia.
Sol e mar, vento e areia.
Noite fria, lua cheia.
Volta agora, não demora,
volta e meia...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PARTE 1 - A Mulher da estrada (continuação).

Miguel tentava buscar alguma explicação para o que acabara de acontecer. Mas a serenidade daquela garota que dormia ao seu lado, o deixava completamente extasiado. Não conseguia pensar em nada. Ele, que saiu de casa aos 18 anos, com o velho Mustang que ganhou do seu avô e com um violão, nunca mais saiu da estrada. Pelas cidades por onde passou, fez amigos, mas na estrada da vida, sempre esteve sozinho. Mas depois do último Km por onde passou, Miguel sentiu que algo estava para mudar na sua vida. Aquela garota que entrou no seu velho Mustang naquela noite, não iria sair tão cedo.
Já era aproximadamente 2:30 am. O café morno já não fazia o mesmo efeito e a lua, que sempre o acompanhava, resolvera esconder-se entre as nuvens, que apareceram para fazer parte da viagem. A cidade mais próxima ficava a 100 Km daquele ponto e, segundo o mapa que Miguel carregava na memória, havia um posto de combustível juntamente com uma pequena pousada, há 10 Km. Mas o sono estava mais perto, e para manter-se na pista, o rádio toca-fitas tinha que fazer o seu trabalho. Miguel sussurrava junto com a vós que saía do toca-fitas:

"I'll go for miles
Till I find you
You say you want to leave me
But you can't choose
I've gone thru pain
Every day and night
I feel my mind is going insane
Something I can't fight

Don't leave me

A blank expression
Covering your face
I'm looking for directions
For out of this place
I start to wonder
If you'll come back
I feel the rain storming after thunder
I can't hold back..."

Nesse momento, a garota resmungou e virou as costas para Miguel. Com um movimento brusco, seu cabelo acabou revelando metade do que parecia ser uma tatuagem em sua nuca. Miguel olhou para a tatuagem, sem se descuidar com a estrada, mas não conseguia vê-la totalmente. Com muito cuidado, ele tentou descobrir o restante da nuca da jovem, e enfim pode ver do que se tratava. Era algum tipo de símbolo, o qual ele nunca tinha visto em nenhum outro lugar.

Com a mão esquerda no volante, e a direita segurando os cabelos, que roçavam na nuca dela, Miguel tentou por alguns segundos entender o que aquele símbolo significava. Foi quando ela acordou e se virou assustada para ele:
- O que você está fazendo? - disse ela, olhando fixamente para os olhos dele, assustada.
- Desculpa, não fiz por mal, estava apenas olhando sua tatuagem. - disse ele, agora com as duas mãos fixas no volante, e os olhos voltados com atenção para a estrada.
- Tatuagem? - retrucou ela.
- Sim, tem uma tatuagem na sua nuca, percebi quando você virou para o lado, enquanto dormia. É algum símbolo estranho, nunca tinha visto antes. - respondeu Miguel.
- Não quero que você fique procurando por símbolos estranhos no meu corpo enquanto eu durmo. - disse ela, com um pouco de bravura na sua voz suave.
- Tudo bem, me desculpa, isso não vai mais acontecer.
Ela não respondeu, apenas olhou para o lado. Os dois manteram o silêncio por algum tempo, até que Miguel voltou a falar:
- O que significa?
- O quê? - respondeu ela, distraída.
- A tatuagem, qual o significado dela? - insistiu Miguel.
- Eu não sei, eu nem sabia que tinha uma tatuagem na minha nuca. - disse ela, ainda olhando para o lado, onde a lua começava a exibir-se novamente.
Em meio a escuridão daquela longa estrada deserta, onde o luar dava um pouco de brilho, surge uma luz. Era a pousada juntamente com o posto de combustível, os quais Miguel já esperava que estivessem ali. Ao percebê-la, a garota voltou o rosto para ele, e com a voz suave novamente, perguntou:
- O que é aquela luz?
- É onde vamos parar para passar a noite. - respondeu, olhando para a moça.
- Então você também costuma dormir? - disse ela, com tom irônico.
- Sim, em lugares assim como este, não no meio da estrada. - agora olhando para ela com um sorriso no rosto.
- Sem graça você. - olhando para o lado, segurando um sorriso no canto da boca.
- Vamos abastecer, tomar banho e dormir. Amanhã cedo partiremos. - disse Miguel.
- Nós não vamos comer? - perguntou ela
- A essa hora da madrugada, não deve ter nada para nós. - respondeu ele.
- Mas eu to com fome, você não vai fazer nada? - indignada.
- Tem biscoitos no porta-luvas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

PARTE 1 - A mulher da estrada


Quando a luz se apaga, é que ele enxerga tudo aquilo que não pode ver. Quando seus olhos se fecham, é que ele sente tudo aquilo que não quer sentir. Quando ele pensa que acabou, então tudo começa outra vez. O filme que está em cartaz na sua mente, é o mesmo de ontem, desde sempre...
Uma estrada vazia, cortando o deserto frio em plena madrugada. A lua cheia ilumina e faz companhia na viagem, que está apenas no início. Ninguém cruzou seu caminho nas últimas três horas. A música no toca-fitas e o café morno, mantém seus olhos abertos e o carro na pista. Um Mustang 69 Coupe. Sozinho, ele canta:

"Words are flowing out like endless rain into a paper cup,
They slither while they pass they slip away across the universe.
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind,
Possessing and caressing me..."

- "John estava certo." - pensou ele.
De repente, ele enxergou alguém parado à beira da estrada, logo à frente. Diminuiu a velocidade. Era uma mulher. Magra, alta, cabelos castanhos. Ela fez sinal com a mão, pedia ajuda.
- Como alguém veio parar sozinha a essa hora no meio dessa estrada deserta? - disse para si mesmo.
Passou por ela, agora ainda mais devagar e tentou ver seu rosto, mas a luz da lua não refletia o necessário para que pudesse enxergar claramente. Pensou duas, três vezes enquanto passava olhando para aquela mulher que ali estava. Olhou pelo retrovisor, fechou os olhos e pisou no freio. Ela veio correndo em direção ao carro, abriu a porta e se atirou para dentro, dando um forte e desesperado abraço naquele que nunca vira. Silêncio. Ele olhou para seu rosto, Ela estava ofegante. Seus olhos castanhos, seus lábios grossos, carnudos, ensanguentados, seu rosto sujo, de poeira e de sangue, sua calça jeans suja, rasgada, seu cutuvelo ralado. Tudo isso fazia dela a mulher mais linda que já tinha visto por todas as estradas por que passou. Ela sorria e chorava ao mesmo tempo, agradecendo àquele homem por tê-la tirado daquele deserto frio e escuro.
- Qual o seu nome, como você veio parar aqui? - perguntou ele.
- Eu não sei, e o seu? - ela respondeu.
- Meu nome é Miguel.
Ela baixou a cabeça, tomou fôlego. Seus lábios começaram a tremer. Ele esperou que ela se recomposse. Então ela olhou em seus olhos e disse:
- Eu não lembro como vim parar no meio dessa estrada deserta, no meio dessa noite escura e fria. Quando eu acordei, senti meu corpo doendo, mal tive forças de me levantar. Olhei em volta, mas tudo que via era o reflexo da luz da lua no nada. Não sei meu nome, não sei onde moro, você foi a primeira pessoa que apareceu. A única memória que eu tenho em minha mente agora é do seu rosto. Tudo o que eu tenho é você. Por favor, não me deixe aqui sozinha.
Ela começou a chorar em silêncio. Ele passou a mão em seu rosto, olhou em seus olhos e disse:
- Eu sou um viajante, ando pelas estradas sem destino nem direção. Posso te levar para aonde você quiser ir.
- Então me leve com você, me ajude a descobrir quem eu sou, prometo que não vou lhe atrapalhar. - ela disse.
- Você pode vir comigo, não vou te deixar sozinha nesta estrada, mas é só isso que eu posso fazer. Só você pode lembrar quem realmente é.
Ela ficou em silêncio, olhou pela janela do carro para o céu estrelado. Seu olhar estava tão vazio e distante quanto àquela estrada. Miguel ligou o carro e seguiu em frente, agora não mais sozinho. Ligou o toca-fitas do seu Mustang novamente, na mesma música dos Beatles.
Começou a cantarolar, quando de repente uma voz o acompanhou:

"Nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world..."

Miguel olhou para a jovem com espanto, e pensou:
- "Ela não lembra o nome, não sabe como veio parar aqui, não lembra de nada a respeito de sua vida, mas sabe cantar esta canção. Como isso é possível?"
Ela, distraída, olhando para o deserto, com seus olhos semiabertos devido ao sono, continuou cantando, com sua voz suave:

"Nothing's gonna change my world, nothing's gonna change my world..."

O fim, ainda que desconhecido, não chegará antes do sol nascer...
"Cuidados vãos em mim ressuscitais,
dizei me: ainda não vos contentais
de terdes, quem vos tem, tão descontente?
Que fantasia é esta, que presente
cad'hora ante meus olhos me mostrais?
Com sonhos e com sombras atentais
quem nem por sonhos pode ser contente?
Vejo vos, pensamentos, alterados
e não quereis, d'esquivos, declarar me
que é isto que vos traz tão enleados?
Não me negueis, se andais para negar me;
que, se contra mim estais alevantados,
eu vos ajudarei mesmo a matar me." - Camões.
"O tempo acaba o ano, o mês e a hora,
a força, a arte, a manha, a fortaleza;
o tempo acaba a fama e a riqueza,
o tempo o mesmo tempo de si chora.
tempo busca e acaba o onde mora
qualquer ingratidão, qualquer dureza;
mas neo pode acabar minha tristeza,
enquanto não quiserdes vós, Senhora.
O tempo o claro dia torna escuro,
e o mais ledo prazer em choro triste;
o tempo a tempestade em grã bonança.
Mas de abrandar o tempo estou seguro
o peito de diamante, onde consiste
a pena e o prazer desta esperança." - Camões.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

DEUS E O MUNDIAL

O Presidente do Grêmio marca uma reunião com Deus.
Chegando lá, ele pergunta:
- Senhor Deus, eu gostaria de saber se o Grêmio será Campeão mundial novamente.
Deus consulta seu livro, flap, flap flap (páginas do livro de Deus), e diz:
- Sim, o Grêmio será Campeão mundial novamente, ainda na sua gestão. E duas vezes...

O Presidente do São Paulo, curioso, também marca uma reunião com Deus:
- Senhor Deus, e o São Paulo, será Campeão mundial novamente?
Deus consulta seu livro, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap,flap,flap, flap, flap, flap e diz:
- Será sim, o São Paulo será Campeão mundial novamente, mas não na sua gestão.

O Presidente do Flamengo também marca uma reunião com Deus.
- Senhor Deus, e o Flamengo, será Campeão mundial novamente? Deus consulta seu livro, flap,flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap,flap,flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap e diz:
- Será sim, o Flamengo será Campeão mundial novamente, mas não na sua gestão, nem na do próximo presidente.

O Presidente do Internacional também marca a tal reunião com Deus.
- E o Internacional, será Campeão mundial novamente?
Deus consulta seu livro e ..

flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap,flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap,flap, flap, flap,
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domingo, 12 de dezembro de 2010

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Pacto

"A data é 26 de novembro de 2005. O local é o vestiário abafado e impregnado com cheiro forte de tinta do estádio dos Aflitos, em Recife. Tranquilamente a temperatura beira os 50 graus. Um verdadeiro inferno.
Nosso personagem está sentado em um canto, sob um banco vermelho de madeira. Está empapado em suor. Mãos na cabeça, olhos fixos no chão. Coração acelerado. Busca lá no fundo do peito um pouco de oxigênio. Luta para não deixar o desespero tomar conta. Não era pra menos, minutos antes, o juiz havia marcado o segundo pênalti contra o Grêmio e expulsado três jogadores. O Náutico estava prestes a fazer o gol da vitória. Todo o trabalho de um ano estava caindo pelo ralo. Era apenas isso que passava pela cabeça. Tanto trabalho, tanta luta, tanta dedicação. Tudo indo por água abaixo.
Não era justo. Pensava na família, nos amigos, na torcida gremista que estava em Porto Alegre e que sonhava com a volta à elite do futebol brasileiro. Ele havia assumido o risco e estava falhando. Com as lágrimas misturadas ao suor que escorria pelo rosto, ele pediu ajuda. Faria qualquer coisa para que aquilo tudo terminasse diferente.
Ainda com a cabeça baixa, sentiu a presença de alguém ao seu lado. Lentamente, voltou-se para sua esquerda se deparando com aquela figura bizarra. Assustado, perguntou:
- Quem é você?
- Não imposta quem eu sou. O que importa é que estou aqui para te ajudar. Vim propor um pacto.
- Pacto? Que pacto?
- Você sabe que eu tenho poder de fazer o seu goleiro pegar esse pênalti. Muito mais que isso. Tenho poder de fazer seu time chegar à vitória.
- Você está louco! Isso é impossível! Estamos com sete jogadores em campo, não percebeu?
- Aceite a minha oferta e você verá.
- Lógico que aceito. Não tenho outra opção. Qual é o pacto?
- O Grêmio não perderá esse jogo. Seu goleiro defenderá o pênalti e vocês vão fazer 1 a 0 mesmo com sete jogadores. Serão os campeões e retornarão à elite do futebol brasileiro. Além disso, em menos de dois anos, estarão de volta em uma final de Copa Libertadores. Não vão vencer, mas estarão lá. Incrédulo, nosso personagem escuta a proposta.
- Eu aceito. O que tenho que fazer? Se tiver que vender a minha alma, eu vendo.
- Você não tem que fazer nada. O que vai acontecer é que, num período de cinco anos, seu maior adversário irá igualar suas conquistas.
- Como assim?
- É isso que você ouviu: em cinco anos, seu maior adversário vai ganhar tudo que vocês ganharam até hoje. Inclusive aquele título.
Atordoado e sem condições de raciocinar, nosso personagem ainda teve tempo de perguntar:
- E depois destes cinco anos tudo volta ao normal?
- Sim. Depois destes cinco anos, tudo estará em suas mãos outra vez. É pegar ou largar. Topa?"
Faltam cinco dias para o pacto chegar ao fim.

domingo, 28 de novembro de 2010

Dessa vez, eu vou deixar que a QUÍMICA aconteça.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A mais pura das verdades

"Se há algo realmente esquisito entre homens e mulheres, eu digo que isto se chama amizade. Sinceramente, demorei a entender, mas mulheres não sabem ser amigas de homens. E falo de amizade mesmo, sem que haja rala-e-rola, pegação… Nada. Não dá certo. Ou pelo menos não antes de você mostrar que é homem para tudo, e não só para ser amigo.

Infelizmente, nós homens não somos muito bons para separar as coisas. Não conseguimos ver amigas apenas como amigas. Mulher é mulher, sendo amiga ou não. E é justamente aí que se encontra o problema. Uma mulher, a partir do momento que nos considera um amigo, não nos vê mais como homem, e sabe-se lá por que. Diferente de nós, que ainda acharemos muito atraente aquela – com o perdão da palavra — bunda que só ela tem; que ainda ficaremos fascinados com maneira que ela sorri. Afinal, antes de amigos, somos machos toda vida. E é justamente isso que as mulheres não entendem…

Uma hora você acaba gostando mais do que deveria, não tem jeito… Afinal, você entende ela, sabe do que ela gosta e não gosta… Então, acaba ouvindo a famosa frase: “Não quero estragar nossa amizade… Você é muito bom para mim… etc e etc”. Céus! Sabe-se lá onde as mulheres aprendem a falar isso, mas é o que elas sempre falam.

Eu, por exemplo, cometi esse erro no passado: virei amigo da garota que eu mais gostava. Fiz isso para conquistá-la. E, claro, não deu certo. E não importa que você seja um cara atencioso, saiba justamente do que ela gosta; seja porto-seguro… o típico cara que ela sempre quis como namorado… Quando ela precisar de alguém que não seja apenas para chorar, certamente este alguém não será você. Aliás, esse é o problema da maioria das mulheres: vivem dizendo que procuram um cara que saiba entendê-las, mas são com os tais canalhas que elas ficam.

Pior: Ela ficará com os caras mais toscos que você imagina. E você? Bom, é para você que, depois, ela contará sobre namorados e o quanto eles não prestam, o quanto os homens são canalhas, etc, etc… Esquecendo-se, claro, de que você também é um homem."

*Texto retirado de uma comunidade.

sábado, 30 de outubro de 2010

Quando eu morri em dezembro
De mil novecentos e setenta e dois
Esperava ressuscitar e juntar os pedaços

Da minha cabeça
Um tempo depois um psiquiatra disse
Que eu forçasse a barra
E me esforçasse pra voltar à vida
E eu parei de tomar ácido lisérgico
E fiquei quieto lambendo minha própria ferida
Sem saber se era crime ou castigo

E se havia outro cordão no meu umbigo
Pra de novo arrebentar
Pois eu fui puxado à ferro
Arrancado do útero materno
E apanhei pra poder chorar
Quando eu morri suando frio
Vi Jimmy Hendrix tocando nuvens distorcidas
Eu nem consegui falar
E depois por um momento
O céu virou fragmento do inferno
Em que eu tive que entrar
Eu sentia tanto medo, só queria dormir cedo

Pra noite passar depressa
E não poder me agarrar
Noites de garras de aço
Me cortavam em mil pedaços
E no outro dia eu tinha que me remendar
E se a vida pede a morte
Talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui
E a cada beijo do desejo
Eu me entorpeço e me esqueço
De tudo que eu ainda não entendi

sábado, 9 de outubro de 2010

Sweet Angel

They say it's impossible to live alone
But the practice can be dangerous isolation
You may end up enjoying living alone
They say it's impossible to live without love
But one day you discover it's better to live away from love, when you're alone
You will not miss your friends when they leave, because they must go
But if you've never been here, then you are not gone, just never came back
And hope you come back alone can be cruel, but deep down there is hope
If I had not broken my wings that night, I'd fly to see you
If you can fly, so why not fly? You can lose yourself in the ground, then fly soon
You forgot my name, my address and my phone?
Or you just do not want to remember?
You forget everything when I broke my wings that night
Maybe you hit your head when I pushed
Can you come down from his cloud of cotton candy and come here?
I have no fault to blame, try to understand
That living alone is so good with you around
I cut my wings to the pain go away and you come back...♫♪♫♪

sábado, 2 de outubro de 2010

Como eu faço pra ter teu abraço de volta? E seu sorriso de criança, que me transmitia paz e uma alegria como nunca havia sentido? Eu sei que machuquei suas asas, mas você precisa voar de volta meu anjo da guarda, estou rezando pra você. Será que você pode me ouvir?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

C.

Eu sei, só se vive uma vez. Não há tempo para errar, é preciso ser perfeito. Hoje quem costumava me dizer "é isso aí", disse um "TÁ EXCELENTE", com ênfase, umas cinco vezes. Mas não é por causa disso que eu to escrevendo, só usei como exemplo. O que eu to querendo dizer, é que eu to tentando ser melhor. Tenho a convicção de que não sou uma pessoa má, se eu erro, machuco os outros, é querendo fazer o melhor, fazer o bem. Mas nem sempre eu sei distinguir o que é certo e errado. Eu to tentando ser mais empático com as pessoas, entender a forma como elas agem e seus motivos, antes de julgar qualquer coisa. Eu to sofrendo do meu próprio veneno. Errei com uma pessoa muito importante para mim, e agora ela está agindo comigo da mesma forma que eu tenho agido com você. Eu to sentindo como é difícil errar, ser o culpado, não ter perdão. Não to dizendo que você tenha culpa, que a maneira como eu tenho te tratado é por pensar isso, de forma alguma. Na nossa história não há culpados. Falo isso tentando ser empático comigo mesmo, senão jogaria sem dó toda culpa em mim. A verdade é que eu tenho procurado razões que justifiquem a minha fraqueza, que me mantenham afastado de você, quando o que eu quero realmente é estar do seu lado, te apoiar como sempre te apoiei. Sei lá, é difícil entender. Não quero impor nada pra ninguém, não quero mais do que você possa me oferecer. Eu perdi muito tempo tentando entender isso, acho que agora eu to conseguindo lidar melhor com o que eu sinto. Não garanto nem prometo nada, mas eu to me esforçando pra a partir de agora ser alguém melhor pra você, alguém que eu já fui, voltar aos poucos...claro, se você achar que é isso. Acho que nenhum dos motivos que eu tinha pode ser maior do que eu sinto quando te olho nos olhos. Não sei explicar, parece que eu vejo tua alma, me dá uma paz e ao mesmo tempo uma alegria, quebra a minha armadura. É algo sincero, sei que o que você sente por mim, nenhuma pessoa no mundo sente. To aprendendo, espero que não tarde, a dar valor a isso. Eu não acho que eu mereça, mas eu quero isso de volta. Não dá pra deixar pra amanhã, porque amanhã eu não sei onde nós estaremos. To tentando ser melhor comigo mesmo. Nós não temos mais 16 anos, não quero olhar pra trás um dia e me arrepender de não ter feito, de não ter dito algo que eu sentia. Eu não posso mais deixar de ser verdadeiro comigo, eu tenho que encarar as coisas sem medo. Se eu tiver que apanhar pra aprender, por favor me bata. Eu preciso de uma chance, eu sei que posso ser melhor, então porque não ser?
E quanto a você não me odiar, eu sei que é mentira. Você me odeia sim. E eu também te odeio :)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tanto tempo, acho que nem sei mais escrever. Ando escondido das palavras, com medo do que elas querem me fazer dizer. Não tenho vontade de sair. Ultimamente tenho estado melhor sozinho. Acho que não é bem esta palavra, "sozinho". Por mais que eu queira, eu não estou sozinho, e nunca vou estar, sei disso. A palavra certa é "perdido". Não sei o que é pior, estar sozinho ou perdido. Sozinho eu posso ir a qualquer lugar, mas perdido eu não sei aonde ir. Às vezes eu não sei como agir em determinadas situações, e acabo não agindo, não falando, não fazendo o que eu quero. Pelo contrário, às vezes eu faço exatamente o contrário do que eu queria fazer. Não dá pra entender.
Tem coisas que não tem solução, ou então são muito simples que eu não consigo enxergar. Mas eu sei do que eu to falando. Existem duas coisas que estão me tirando o sono nos últimos tempos. E elas são completamente opostas. Uma coisa, quanto mais o tempo passa, pior fica. A outra, acho que só o tempo mesmo é capaz de resolver. Pode parecer exagerado, e é. Por isso se tornam problemas tão grandes. Se não fosse algo importante, não seria exagerado.
Não to gostando do que to escrevendo, melhor parar por aqui. Outra hora eu escrevo do meu jeito, criptografando os pensamentos. Assim tá ficando perigoso...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu poderia ter matado essa Mariposa que insiste em ficar sobre a tela do computador. Mas eu a respeitei, lhe transmiti segurança. Agora ela não sai daqui, nem faço questão. Ela não se assusta mais com o que eu escrevo, com o barulho do teclado. Parece não se importar com minha presença. Caminha sobre as palavras que estou digitando com total liberdade. Ela pode voar pra qualquer lugar, mas estou escrevendo com o olhar fixo nela, com medo de que leve minha inspiração com o bater de suas asas. Estou escrevendo para a Mariposa que está sobre a folha do meu editor de texto, e ela parece entender por que estou fazendo isso.
Bateu as asas como se estivesse querendo falar algo para mim, então voou. A escuridão do quarto me impede de ver para onde foi, mas posso sentir que pousou em minha cabeça. Sinto ela andando sobre meus cabelos, interagindo com meus pensamentos. Tento fazer o mínimo de movimento para que ela não saia daqui. Eu quero que ela habite minha cabeça, não quero que abandone meus pensamentos.
A música diz que " os animais que capturei, todos eles se tornaram meus bichos de estimação" e que "tudo bem comer peixes, pois eles não têm sentimentos". Não há trilha sonora mais apropriada para esse momento do que a voz do Kurt. Faz pensar nas diferenças extremas do universo. Tudo está interligado. Desde os grandes astros até os seres vivos. O amor pode levar a insanidade, que pode levar a morte, que pode levar a paz, que pode levar a cura do amor e com isso, ao entendimento mútuo.
O espaço e o tempo estão interligados. É teoricamente possível projetar uma nave para viajar no espaço/ tempo a uma determinada velocidade, e visitarmos o futuro. É teoricamente aceitável. Mas é impossível voltar ao passado. Pode-se voltar ao dia em que se construiu a nave e se fez a viajem, mas só. O passado é inalterável, ao contrário do futuro. Tudo aquilo que foi feito, foi. Está repousando no passado, manipulando o presente e influenciando o futuro.
Talvez a poucos minutos atrás, eu tivesse matado essa Mariposa, que repousa em minha cabeça. Confesso que não me afetaria. Pode parecer insano isso que estou escrevendo, mas você só vai entender quando tiver uma Mariposa repousando em seus pensamentos...


PS: talvez eu quisesse escrever mais, mas depois que alguém ler, será passado. Pode ser mal interpretado, por isso, deixo esse texto em aberto, para que no futuro eu saiba usar melhor as palavras, e assim, ter certeza de que fiz a coisa certa.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Sem fôlego. Não disponho de Oxigênio suficiente no cérebro que me inspire a alucinar. Talvez mais tarde.

"Seu sorriso é tão resplandecente
Que deixou meu coração alegre
Me dê a mão
Pra fugir desta terrível
Escuridão

Desde o dia em que eu te reencontrei,
Me lembrei daquele lindo lugar.
Que na minha infância era especial para mim.
Quero saber se comigo você quer vir dançar.
Se me der a mão eu te levarei,
Por um caminho cheios de sombras e de luz.

Você pode até não perceber,
Mas o meu coração se amarrou em você
Que precisa de alguém
Pra te mostrar o amor que o mundo te dá.

Meu alegre coração palpita
Por um universo de esperança.
Me dê a mão
A magia nos espera.
Vou te amar por toda minha vida.
Vem comigo por este caminho.
Me dê a mão
Pra fugir desta terrível
Escuridão" ♫


To meio Dragon Ball hoje ;)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Respirou, mas ninguém percebeu. Gritou, mas ninguém deu ouvidos. Sentiu tudo a sua volta, cada palavra não dita, cada olhar perdido. Pulsou, bateu, descompassado. Imperceptível. Entrou em falso óbito. Todos lamentaram sua morte, mas ela recusou-se a aceitar. Acreditava que fosse durar pra sempre, que seria eterno. Recusou a despedir-se, segurou o choro com as unhas, virou as costas e foi embora.
Procurava por um lugar calmo, onde pudesse se abrigar do frio e da chuva. A noite escura trazia as lembranças, ainda recentes. Podia sentir o calor daquele abraço, e por algum momento, jurou ouvir sua voz calma, sentir o seu cheiro...Como você pode me deixar aqui? Perguntava-se.
Abriu os olhos, sentiu-se sufocado. Caiu em desespero. Gritava, esperneava, mas ninguém podia ouvi-lo. Era tudo escuridão. Havia pouco espaço, pouco ar, pouco tempo. Parou por um instante, incrédulo. Controlou a respiração, deixando-a mansa, mas não pode controlar as lágrimas. Lembrou de suas últimas palavras antes de dormir, elas ainda estavam ali. Não haviam saído de sua boca. Nunca chegaram aos ouvidos dela.
Não conteve o choro. Mesmo em silêncio, era um choro ensurdecedor. Sentada em frente à janela, olhava para o céu. Nunca o viu tão escuro e gelado. Seus olhos molhados nem se quer piscavam. Em frente à janela, estava distante. A medida que seus pensamentos tomavam conta de seu quarto escuro, adormecia.
Preparou-se para seus últimos suspiros. Com a luz do relógio, clareou seu teto, onde com grande esforço, foi capaz de talhar à unha, a sua última mensagem em vida:
"Faria alguma diferença se eu te dissesse que nunca ninguém te amou como eu te amo?" Até o último suspiro. Seus olhos fecharam-se, sua respiração cessou. Seu coração, que em vida carregou um amor letárgico, parou.
Acordou no meio da noite. Sentiu uma inquietação, um aperto no peito que doía na alma. Sua respiração estava ofegante. Parece loucura, pensou duas vezes. Mas na terceira, já estava decidida de que não seria tarde.

domingo, 18 de julho de 2010

O relógio diz que é tarde, hora de dormir. Momento pra parar. Ele tem mentido durante toda a noite...sem tempo. Falso momento, descompassa com o tempo que não pode mais voltar. Relativo são os momentos. Grandioso é o tempo, que acaba sem parar. Verdadeiro são os pensamentos, que se perdem nos ponteiros da ilusão de quem acredita controlar as horas por um instante eterno. Ilusões são desafios aos pensamentos, que começam com o dia e terminam com a noite. Eterno é o momento, incontrolável como o tempo...
"Blackbird singing in the dead of the night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise..." ♫

terça-feira, 29 de junho de 2010

Nunca acreditei que rituais funcionassem. Beijar o campo antes de começar uma partida de futebol, benzer-se com sinal da cruz oitocentas vezes, enfim, sempre acreditei que tudo aquilo que é decorado, automático, não funciona. É preciso deixar claro que quando falo em rituais, não estou falando em religião, fé, crenças. Porém percebi que sempre antes de escrever, desligo a luz do quarto, reproduzo uma música no Media Player, que pode ser um Beatles, ou qualquer coisa do tipo, apesar de completamente diferente. Deito a cabeça sobre os braços, na mesa, fecho os olhos, e por alguns instantes fico concentrado nos sons a minha volta. Desde a música até o barulho do cooler do computador. Abro os olhos e forço-os contra a luz do monitor, que clareia a parede a minhas costas. Sem perceber, executo esse ritual diariamente. Automático, porém essencial.
Entre reflexões e alucinações, deparei-me com o Universo. Gigante, infinito, sempre em expansão. Com suas galáxias, sistemas solares, planetas, cometas, buracos negros. Tudo em infinita sincronia, num ritual que nunca acaba.
Seres humanos e desumanos, acreditem, existe. Uma infinidade de vidas, findadas ou não. Algo tão pequeno comparado ao Universo, pode parecer aos olhos cegos de um telescópio. Egoísta pensar que somos "Únicos" entre as galáxias. Há outros Sóis que nascem e apagam-se todos os dias.
Pensar quem somos, por que estamos aqui, qual o verdadeiro motivo da vida, pode parecer enlouquecedor. Mas é extremamente necessário experimentar desta loucura. Somos um "nada", comparados a imensidão do Universo.
- "Nossas vidas não representam absolutamente nada, perto da grandeza do mundo!", diria o cego telescópio, apontando para fora do alcance dos nossos pobres olhos. Encontrar a razão da vida olhando pra cima, sempre me pareceu algo estúpido. Por que olhar pra tão longe, quando as repostas para tudo que precisamos está dentro de nós?
O segredo da vida, o "Grande Mistério", como queiram, está aqui. Em cada um de nós, a uma parte deste quebra-cabeça. Engana-se quem pensar que olhar pra dentro de si, compreender seus sentimentos, poderá entender melhor a vida. É preciso mais. Olhe para os outros pedaços deste enorme quebra-cabeça, compreenda que todos eles tem um formato diferente, mas que apesar disso, foram feitos pra se encaixar. O Universo, que tanto observamos, que tão pouco sabemos a respeito, e que já estou cansado de escrever, como sendo algo infinito, em expansão, nada mais é do que a expressão de um olhar. Olhar esse, que pode ser sincero, feliz, desamparado, afomentado, apaixonado. De uma criança ou de um velho.
A fonte da vida. O Sol que nos mantem vivos. A Lua que nos convida a dançar. A água que nos mata a sede. O grande "Big Bang", origem de tudo. Isso todos sabem, todos sentem. A grande explosão, meus caros, que deu origem ao ritual da vida, é o amor. É o amor...

PS1: a luz acabou e eu perdi todo o texto. A segunda vez nunca é melhor que a primeira...

PS2: texto inacabado, sem pé nem cabeça. Um "Monstro", como de costume.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eram aproximadamente 16 horas de uma tarde incomum de inverno, como costumam ser as manhãs de verão, distante a exatos 76 dias do instante em que o relógio parou de marcar o tempo. Passos incontáveis, sem direção, sem movimento. Tempo que parou neste momento. As últimas palavras que ficaram no tempo, foram duras. Algo pesado pra ficar calado, um peso que não deve ser carregado, mas que por muito tempo me propus a carregar. A imagem do caos. O efeito borboleta de uma manhã que inventei ser capaz de superar qualquer desafio. O bater das asas ecoou em meus ouvidos quando meus olhos cruzaram com os seus, e trouxe num relapse, toda uma vida. Eu vi muito mais que seus olhos nos meus olhos, eu pude ler sua mente, decifrar sua alma, em frações de segundos."Faria alguma diferença se eu te dissesse que nunca ninguém te amou como eu te amo?"...
Mas o silêncio soou ensurdecedor. Os olhares logo procuraram por um ponto distante, onde pudessem se concentrar antes que começassem a tremer. O medo das palavras, que por muitas vezes trouxe a dor, agora impede que elas surjam pra trazer de volta a paz, se assim forem capazes. Nos seus olhos eu pude perceber, e isso eu sempre soube fazer, porque seus olhos não mentem, ao contrário dos meus. Eu coloquei um ponto final, mas ainda havia palavras para dizer. Perdi a segunda chance, o parênteses que você abriu para que eu pudesse voltar atrás. Fechei-o com o silêncio de minhas verdades, que por mais que eu queira, não consigo mudar...

Um pedaço de muito, de trás pra frente. Sei lá...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas
enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:

1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9.Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
CONTINUA...

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!