quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Acorda às sete, escova os dentes e toma café. Abre a porta, pega o jornal, e dá bom dia pro vizinho por cima do muro. Ele não gosta do seu cachorro, e você não suporta a peste do filho dele, o que faz com que ambos amem o muro. Arruma-se e sai pra trabalhar. Atrasado, quase sempre. Às vezes derruba café na camisa branca. Às vezes, quase sempre.

No som do carro, a caminho do trabalho, uma música pra relaxar. Enquanto John Lennon canta “Imagine all the people, living life in peace…” você toca a buzina e grita com o cara do carro da frente, que está no celular e não viu o sinal abrir. Logo mais a frente, você resolve pegar um atalho pra recuperar o tempo perdido e cai em um engarrafamento. O mundo inteiro buzina harmoniosamente em seus ouvidos, como se fosse a Orquestra de Londres.

Já são oito e dez, você deveria ter chegado às oito. Talvez você devesse ligar para seu chefe e avisar que chegará atrasado, pois está no meio de um Concerto da Orquestra de Londres. Acaba desligando o celular pra que ele não te ligue. Seu nível de stress já ultrapassam a barreira da Estratosfera e você ainda tem um dia inteiro de trabalho pela frente.

O trânsito começa a fluir, e seu pé começa a pesar no acelerador. A medida que vai costurando os carros á sua frente, a adrenalina começa subir e seu stress lentamente começa a dar lugar a uma sensação de prazer. Agora você é um piloto de Fórmula 1, correndo contra o tempo para chegar ao trabalho. Então você ouve aquele som, e olha para o retrovisor. O som da derrota, a sirene que indica que a corrida chegou ao fim. E como prêmio por quase conseguir ultrapassar a barreira do som, uma multa.

Finalmente você chega ao trabalho, exausto e estressado. Põe um sorriso amarelo no rosto e passa a dizer automaticamente “bom dia” a todos que cruzam o seu caminho, mas no seu pensamento “bom dia” significa “vai se fuder!”. Caminha em direção a máquina de café, procurando por uma moeda em um de seus bolsos, e ao achá-la, acaba deixando-a escapar por entre seus dedos, caindo lentamente ao chão, enquanto você observa lentamente seu movimento giratório até o solo. Ao abaixar-se para apanhá-la, escuta uma voz dizendo: você está atrasado! Levanta a cabeça, seu chefe o observa. Neste momento você imagina que está com um machado em suas mãos e arranca a cabeça de seu chefe, desferindo apenas um golpe. Então você solta uma gargalhada maquiavélica. “VOCÊ ESTÁ ATRASADO!”. Como se o seu relógio tivesse parado no tempo e você não soubesse...

Depois de passar o dia inteiro aturando aquele colega mala, fazendo piadas sem graça, você finalmente pega o caminho de volta pra casa. Só que agora com chuva e com 2Km a mais de congestionamento. Agora já são seis horas e as chances de se cometer um homicídio são consideráveis.

Mas afinal de contas, o dia está acabando, foi tudo horrível, mas você está voltando para o aconchego do seu lar. Pra que se estressar se o pneu furou?

domingo, 7 de agosto de 2011

Só pra atualizar (:

terça-feira, 5 de abril de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Words are flowing out like endless rain into a paper cup,
They slither while they pass they slip away across the universe.
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind,
Possessing and caressing me..."

domingo, 9 de janeiro de 2011

“Todos nós temos algo para esconder... Algum lugar obscuro dentro de nós, que não queremos que o mundo veja. Então fingimos que está tudo bem. Nos cercamos com arco-íris. E talvez isso seja o melhor a fazer, pois alguns desses lugares são mais escuros que outros. Hoje, acordei meio Dexter... Tomei café, li o jornal... e saí de casa com uma vontade incontrolável de matar alguém.”