quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Hoje resolvi por um monte de coisas do tempo do colégio fora. Acabei encontrando no meio de um caderno, um texto de Shakspeare, que a Pity certa vez escreveu pra mim. Sinto muita falta dela, porque foi uma das melhores pessoas que já conheci, uma grande amiga.
O texto é bem conhecido, e realmente traz muitas verdades sobre o relacionamento humano. Por ser um pouco grande, e sei que as pessoas não lêem nem uma frase do que escrevo, decidi postá-lo em partes, conforme o que tenha a ver com meu dia e com as pessoas com as quais me relaciono. Já disse aqui que meu objetivo é escrever, não me importo se vão ler ou não.

"...E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam..."

"...Leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida..."

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu sempre fui meio ligado em lugares abandonados, construções inacabadas, esse tipo de coisa. Sempre gostei de lugares secretos, onde pudesse ir com meus amigos. Fazíamos uma espécie de clube secreto, onde quem quisesse entrar teria que passar por uma série de testes e aprovação.
(Uma vez quando era criança, morava num prédio, onde tinha muitas crianças. O síndico era um velho ranzinza que não gostava desse tipo de criatura. Seu Ivo. Pra ele eu era o pior, o influenciador, dissimulador, anarquista, responsável por todas rugas de sua testa. Eu era seu alvo principal. O vizinho de cima, que fazia barulho no seu teto, que atormentava sua cabeça.
Sua esposa, não lembro o nome, era uma boa senhora, que gostava de crianças. Era a diplomata do prédio nessa nossa guerra pessoal.
Reunião de Condomínio. Pauta número um da Ata: o mau comportamento do filho dos Esmério, do 201. Sempre a mesma história. Seu Ivo era incansável. Mas não tinha grande prestígio entre os condônimos, o que dificultava seus planos de me ver por longe do seu prédio).
Havia uma casa abandonada na esquina do prédio onde morávamos, que todos diziam ser mal assombrada. Fazíamos reuniões durante o dia. As gurias levavam comida, e os guris bebida. Passávamos horas conversando, conspirando...as eleições para eleger o novo síndico estavam próximas, e precisávamos criar problemas para Seu Ivo. Tirar sua tranqülidade, manchar sua reputação, para convencer os adultos de que ele não dava conta do recado.
Mas minha idéia sempre foi fazer reuniões as escuras, Na calada da noite, quando todos estivessem dormindo. Sempre achei que fosse mais "classudo". Mas a maioria era contra. Reunião na casa mal assombrada à noite? Nem pensar!
Precisava de um novo esconderijo. Uma nova sede para o clube. Mesmo que fosse por pouco tempo. Já tinha tudo planejado.
O vizinho do 104 era um cara legal, nunca nos causou problemas. Estava de partida, iria morar em outra cidade, e seu apartamento seria alugado. Precisava devolver as chaves ao síndico, mas estava ocupado com a mudança, estava ansiado.
Sempre fui muito prestativo, desde criança. Gosto de ajudar as pessoas, e se isso puder me beneficiar, ou melhor, beneficiar à causa, os ideais das pessoas que estava defendendo, fico grato. Fiquei responsável pela devolução das chaves do 104.
Não poderia roubá-las, seria impossível, e contra os princípios do clube. Fazer cópias levaria um tempo, e isso nós não tinhamos. Precisava entregar as chaves, sem causar suspeita. Entreguei o molho de chaves pro meu pai. Disse a ele que o vizinho do 104 havia pedido pra ele entregar ao Seu Ivo. As chaves foram entregues. Ninguém suspeitou.
O vizinho do 104 estava esgotado. Cansado e estressado com todos os preparativos da mudança. Seria normal se ele esquecesse de devolver uma chave, como a da sacada, por exemplo.
Era algo arriscado, mas deu certo. Usamos o apartamento 104 durante as noites de uma semana, sem que ninguém desconfiasse. Agora tinhamos mais tempo durante o dia pra por em prática os planos que surgiam à noite.
Na reunião da eleição de condomínio, "A Reunião da Vitória", devolvemos a chave através de um "laranja": o pai do Gustavo.
Hoje percebo uma construção abandonada na esquina da minha casa. É simplesmente perfeita. Dois andares, praticamente isolada de vizinhos próximos.
Mas há um problema com ela: não vejo nenhuma criança por perto. Ninguém que possa dar a entender que aquela casa já tem dono. Não vejo ninguém dominando o pedaço. Será que eu que virei adulto, e me tornei cego a astúcia infantil, ou não existe mais infância? Será que elas preferem conquistar o mundo por um jogo de vídeo-game, ao invés de conquistar uma simples casa abandonada? Simples porém real. Onde estão as crianças meu Deus? Hoje a noite vou descobrir.

sábado, 7 de novembro de 2009

A viajem pra Porto Alegre foi muito massa. Fui de ônibus com um amigo, que foi pra São Léo. Aquele parada estratégica em Soledade...sempre rende alguma coisa. Pena que são 15 minutos, é preciso ser rápido, tem que saber escolher bem e ter sorte. Dessa vez estávamos com muita sorte.
Encontrei uma galera da comunidade do Grêmio no orkut, no treino de sexta de manhã no Olímpico. É legal trocar uma idéia com pessoas que estão sempre lá postando nos tópicos, dando opiniões, concordando e discordando com o que eu penso a respeito do Tricolor.


"Gosto da liberdade. Por isso deixo as pessoas que amo livres, se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive".

Gostei dessa frase...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Eu acho que to começando entender...que não existe ninguém errado nesta história. Não existe mais ninguém. Não me venha com essa história. Tá tudo certo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem é ela? Que se preocupa comigo. Que todo dia pergunta se eu dormi bem. Que consegue fazer eu esquecer tudo de ruim que possa existir, que me faz esquecer do mundo. Quem é ela?
Quem é ela que advinha o que penso, que sempre fala comigo quando eu mais preciso de alguém, que sempre está aqui mesmo não estando...quem é ela que me ensinou a gostar de A7X?
Eu não sei o que está acontecendo, isso é algo tão recente, eu vi ela uma única vez! E desde então a única coisa que penso é quando vou vê-la novamente. Logo, eu sei.

domingo, 1 de novembro de 2009

Essa sensação está me matando. É incontrolável. um frio na barriga, um aperto no peito. O coração dispara. Isso tem atormentado minha mente nos últimos dias e está ficando insuportável. É como se o sangue que corre em minhas veias fosse um ácido, que corrói meu coração.
Poucos são os momentos em que consigo esquecer tudo que tenho sentido ultimamente, e só tenho que agradecer a essas pessoas que me proporcionam estes momentos.
É difícil ter que aceitar que as coisas não serão mais como antigamente. Cada minuto que passo longe de você, aumenta minha certeza que é isso que "queremos pra você". Eu tento acreditar que estou fazendo o certo, que a culpa é minha, mas essa culpa que carrego é pelo certo e não pelo errado.
Como posso não estar magoado com você? Se eu não sou nem mais seu melhor amigo. Perdi pra eu mesmo. Maldito seja meu nome!
Isso não vai mudar. Não tem porque mudar. Essa é a verdade. Só o tempo dirá se um dia isso vai passar. Até lá prefiro não respirar.
São apenas dez anos que ficaram pra trás. Parte de um passado, que por você nem será lembrado.
Um grande amigo meu tem uma frase que tá valendo pro momento:
"Os pássaros voam, e as pipocas pulam".
Não tem como ser diferente, as coisas são como devem ser.